Já fez um mês que estou morando na praia, e realmente é tudo que mais queria na vida.. A paz que é estar lá, acordar cedinho e ver o sol nascer no mar, amigos surfando, amiga tirando fotos dos botos na barra, chimas na barra, estar mais perto das turtles, pôr-do-sol na lagoa, chimas com pé de moleque gigante, nada disso têm preço, tudo é muito simples e ao mesmo tempo as melhores coisas da vida.. E o que mais me fascina é a tranqüilidade, o silêncio, o canto dos pássaros e a paz interior, que fazem com que eu consiga escrever mais, ler mais e render mais.. Mas esta minha ida para a praia causou alguns conflitos familiares, na verdade com uma pessoa em especial, minha Mãe.. Ela não admite que eu more sozinha lá, pois é muito perigoso.. Complicado, porque por mais que eu explique e exemplifique que lá na praia não tem perigo, que é tranqüilo, não adianta, sempre nossos encontros são turbulentos e acabam em discussão..Por um período fiquei muito triste, pois ela não enxerga que é o que está me fazendo feliz, que é o que sempre quis pra mim, que meus objetivos de 2008 se concretizaram em menos tempo que esperava, que agora sim posso dizer que estou realmente plena e útil, como a tempos não me sentia.. Voltei a ser a Sue de antes, um pouco mais dura e exigente, mas a Sue de antes.. Com objetivos traçados, a fim de fazer coisas que não pensava mais fazer.. E por esses conflitos todos senti muitas saudades de um grande amigo meu, que sempre estava ao meu lado em todos os momentos da minha vida e agora está longe em distância, mas nunca em pensamento.. Queria muito conversar com ele nesses dias de tristeza e autopunições, não esperando um conselho ou algo assim, mas por ele estar ali do meu lado, só me escutando.. A cumplicidade me faz falta e não estou encontrando em mais ninguém.. Saudades, muitas saudades..
